Êxito

Por: Daniel Cavalcanti

Quem teve a ousadia de sistematizar o conhecimento e racionalizar a ciência foi de todos, o maior infeliz em seu trabalho. As ciências exatas – hoje dominantes – são sim importantes ao conhecimento geral e ao conforto do homem. Saúdo todos que fazem delas objeto de estudo e pesquisa.

Mas tenho de falar-lhes: não há na pouca exatidão que move o mundo, metade da beleza existente no interior de uma boa filosofia. Temos a ciência como instrumento responsável pela melhoria da nossa qualidade de vida, reparando nossas doenças e preenchendo o espaço que há em nossos corações.

Tanto entregamos ao material e tão pouco reservamos ao espírito. É preciso fazer da alma o objeto central de nossas aspirações. Sermos antes de qualquer coisa, humanos, providos de um espírito que rege as vontades do corpo para então pensarmos em ter algo que vá além de nossas diversas aptidões naturais.

Só é capaz de entender o diferencial da paz e do amor aquele que realmente consegue incorporar tais valores à sua vida de forma plena. Conceito visto no ditado não tão popular: ‘apenas um anjo é capaz de reconhecer outro’; para tal efeito, convido todos para uma busca constante pelo real conhecimento humana, baseado apenas no próprio homem.

Com tais sentimentos recomendo que procurem em tudo apenas a luz,a vida e o amor; todo o resto aparecerá como consequência.

Published in: on 26 de fevereiro de 2011 at 22:00  Deixe um comentário  

O sinal da cruz

Samuel Rittenhouse

“Há várias dezenas de espécies de cruz. A cruz é um símbolo arcaico e que antecede o cristianismo. Está presente em praticamente toda as culturas do mundo. Talvez a Tau antiga, a cruz em forma de T, usada pelos egípcios e fenícios, seja a mais antiga de todas. Há, ainda, a Cruz Ansata, a Céltica, a Grega, a Budista etc. A Suástica, popularizada de forma muito negativa na Segunda Guerra, é muito antiga, talvez mais antiga ainda que a Cruz Tau, e é usada de várias formas nas culturas hinduísta e budista, bem como encontrada entre os índios norte-americanos. O significado original desse tipo de cruz é o movimento cósmico ou energia criativa universal. Nada tem a ver com a ideologia perversa do nazismo, que se apropriou dela e a deformou.

A cruz é formada do ponto, que se expande em duas direções, formando linhas que se cruzam, que representam dois estados ou condições: a matéria e o espírito. A linha horizontal representa a primeira, a vertical o último. Este é o conceito da dualidade expresso pela cruz.

Além da dualidade, a cruz simboliza o surgimento de uma terceira condição pela união dos contrários. Onde as duas linhas se cruzam na cruz, surge uma nova manifestação. Assim, a cruz também ensina que muitas coisas unitárias são o resultado da união de duas energias dessemelhantes. A união do espírito e da matéria faz surgir, no ponto onde os dois cruzam-se na cruz, a consciência de uma nova condição. (…)”

Texto retirado do site:  http://www.amorc.org.br/

Published in: on 14 de fevereiro de 2011 at 18:38  Comments (2)  

Contando

Por: João Sivirino (Daniel Cavalcanti)

 

Muitas estrelas no céu hoje.

Ontem havia mais.

Deito por baixo do juazeiro,

do corpo escondo apenas as pernas.

Quero ter o céu aos olhos.

Admiro a natureza – admiro Deus.

 

Tonto fico ao tentar contar as estrelas.

Não acredito serem infinitas,

são apenas muitas para o meu contar.

Transcendem minha percepção.

 

Desprezando a baladeira ao lado,

levanto e tomo no caminhar uma reflexão.

Quantos deuses existiram? Quantos mais irão existir?

 

Passando pelo enorme campo de violetas,

Vi apenas um tom de cor.

Não sei quantas. Sei apenas que havia violetas.

Alguns passos a leste encontrei uma violeta.

Uma solitária, tão perfeita quanto falha.

Agora consegui contar.

 

Um. Foi tudo que me bastou para que compreendesse o tamanho do que estava refletindo.

Eu, enquanto menino criado cristão.

Consigo enxergar um deus.

Mas… Tantos outros podem existir.

 

Fora do meu olhar e talvez dentro do meu simplório conhecimento,

Existem tantos deuses quanto o mundo queira acreditar.

O mesmo com as estrelas.

Naquela noite contei 249. Mas sei que outras somariam alguns milhões à minha falha adição.

 

Ao cair de joelhos na terra seca, sinto a força divina e entendo que muitas outras existem e são tão reais quanto a que sinto.

Imaginar que só o que acredito possa ser real é algo mesquinho em excesso para um homem de alma sertaneja.

Published in: on 16 de janeiro de 2011 at 16:07  Comments (2)  

Meu Mal do Século II

Por: Davi Duarte

De minhas lagrimas confusas fez-se o mar

E da vastidão do mar fez-se o vazio em mim.

Vazio este formado por dor e confusão.

Não sei o que sinto, alem da lágrima que escorre em minha face.

Sonhei que estava perdido em um lindo lugar.

E você estava chorando um pouco distante,

Corri até você olhei em teu rosto e sequei suas lagrimas.

E seu abraço me fez entrar ao paraíso sem as asas de um anjo.

Acordei!

As cores não mais existem e o vento canta.

A água é fria enquanto as folhas caem.

É inverno e eu nem percebi.

Deitado  aqui ao relento me sinto agora vivo,

Vivo por sentir um frio mais intenso que o de minha alma.

E no cinza do inverno vejo o vermelho do fogo.

Em frente à lareira está você, vestindo um lindo casaco.

Queria tanto te abraçar, mas o frio congelou meu corpo.

E nas últimas batidas do meu coração, você se vira e sorrir.

E meu coração pára.

Published in: on 6 de janeiro de 2011 at 17:41  Comments (2)  

Meu Mal do Século

Por: Davi Duarte
Não sei o motivo disso que aqui vou comentar.

Preciso por para fora tudo que sinto, estou mal por dentro.
Tentei ser a caixa de pandora do mundo, mas subjuguei toda essa dor
E por isso tudo que tenho em mim é lagrimas, a vida volta a assolar meus pensamentos.

Não lembro direito de minha infância, as memórias deixei escapar de propósito.
Não gosto de lembrar…
Sempre fui o garoto tímido, que não era bom nos esportes nem inteligente,
Mas por causa disso fiz amigos inestimáveis, alguns se foram outros permanecem.

O que pensar, estou confuso, sinto como se fosse vital a necessidade de chorar.
A vida perdeu o sentido para mim, tudo parece tão empírico, tão sem magia ou mistério.
Que graça há na vida se tudo é real se não existem aventuras fantásticas.

E tudo em mim é dor, é desprezo pela vida, é desejo de amar.
Sinto-me como um romântico do “Mal do século”.
Quero que minha vida acabe, pois não tenho ao meu lado um amor.

Olho para as estrelas e clamo a Deus por uma aventura e que nela encontre um amor,
Mas só sinto um calafrio que percorre todo meu corpo.
Espero um dia, se ainda estiver vivo, que encontre uma pessoa que me ame.
E será nesse dia que eu serei o homem mais feliz da terra.

E no final disto tudo o que escorre pelo meu rosto são lágrimas,
Lágrimas de dor,
Lágrimas de esperança,
Lágrimas de amor.

Published in: on 5 de janeiro de 2011 at 15:31  Deixe um comentário